Beleza, vamos lá: Black Angel é um jogo pra quem curte eurogames parrudos, com várias camadas de estratégia, e gosta de se sentir controlando uma máquina inteligente em plena missão intergaláctica. Mas não é só isso: aqui, você compartilha esse controle com os outros jogadores. Sim, cada um é um “setor da IA” que comanda a nave Black Angel — a última esperança da humanidade, que destruiu a Terra (pra variar) e agora tenta colonizar o planeta Spes.
Como o jogo funciona na prática?
A estrutura central do jogo gira em torno de rolagem e alocação de dados. Mas não se engane: não é jogo de sorte. Os dados representam ações disponíveis (três cores: verde, cinza e laranja), e o valor deles define a força da ação. Você pode usar seus dados ou — olha a treta — usar dados dos outros jogadores, pagando com fichas.
O que você pode fazer?
- Explorar planetas com naves e robôs pra instalar cartas de missão (que viram motores de efeito no seu tabuleiro);
- Desenvolver tecnologias e encaixá-las no seu tabuleiro pessoal pra gerar combos;
- Limpar detritos que atrapalham suas tecnologias (e que também vão danificando a nave);
- Combater ameaças alienígenas (os Ravagers), que vêm pra bagunçar a estrutura da Black Angel;
- Reposicionar robôs e manipular o fluxo da nave.
E tudo isso num tabuleiro modular que se move: a nave vai literalmente atravessando o espaço até Spes. Quando chega lá, ou quando o dano acumulado estoura, o jogo acaba.
Produção e componentes
Impecável. A limpa, temática e funcional. Os componentes são sólidos, os tabuleiros têm design modular com visual bonito e o insert da caixa é bem útil. As miniaturas das naves e robôs são simples, mas cumprem o papel com charme.
Escalabilidade e tempo de jogo
Funciona bem de 1 a 4 jogadores, mas brilha mesmo com 3 ou 4, quando o leilão por dados e espaço de ação fica mais disputado. O solo é decente, com automa bem feito, mas o coração do jogo é a tensão entre jogadores.
Tempo médio: 90 a 120 minutos, podendo passar fácil se for a primeira partida ou se o grupo for mais “calculador”.
Nível de complexidade
Alto. É um jogo que exige:
- Planejamento tático (qual dado usar, onde, quando?),
- Gestão de recursos (robôs, cartas, dados, fichas),
- Visão estratégica de médio prazo (combos, pontuação, engine-building),
- E leitura do tempo do jogo (saber quando acelerar, quando esperar).
As regras têm um peso considerável e a iconografia não é das mais intuitivas — na primeira partida, você consulta o manual com frequência. Mas depois da curva inicial, o jogo flui muito melhor.
Rejogabilidade
Alta. A ordem dos planetas, cartas de missão, cartas de tecnologia e até o tabuleiro modular garantem uma boa variabilidade.
Além disso, como os jogadores vão moldando suas engines de formas bem diferentes a cada jogo, as partidas nunca são idênticas.
Interação entre jogadores
É uma interação indireta mas intensa. Você não vai atacar diretamente o coleguinha, mas vai disputar dados, usar os dados dele, travar posições estratégicas no mapa e, às vezes, acabar completando uma missão que ele sonhava realizar.
Pontuação e fim de jogo
Você pontua com:
- Pontos acumulados durante a partida — tudo o que você já fez até agora.
- Pontos das fichas de Tecnologia Avançada — Que foram ejetadas ou não (pontuam de forma diferente)
- Pontos extras por robôs, recursos e naves (somente se o Black Angel chegou em Spes) —
- Cada conjunto de 2 itens (qualquer tipo) vale 1 ponto, convertidos na taxa 2:1, arredondando para baixo.
- Se a nave não chegou em Spes, esses itens não valem pontos.
- Penalidades e ajustes
O final pode ser acelerado (se a nave levar muito dano) ou chegar naturalmente quando o planeta Spes é alcançado.
Pra quem é esse jogo?
Recomendado pra:
- Fãs de eurogames médios a pesados.
- Quem curte ficção científica com mecânicas sólidas.
- Jogadores que gostam de planejar, otimizar e interagir com sutileza.
- Grupos que gostam de pensar, mas sem jogar totalmente no silêncio.
Não recomendado pra:
- Quem se irrita com muita iconografia ou curva de aprendizado.
- Jogadores que querem um jogo mais direto e leve.
- Grupos iniciantes no hobby.
Veredito final
Black Angel é um daqueles jogos que mistura profundidade, originalidade e um tema bem aplicado, tudo embalado num visual marcante. Não é o jogo mais fácil de ensinar, mas recompensa quem insiste com partidas ricas e cheias de tensão estratégica.
Se quiser explorar a fronteira entre euro e sci-fi com uma pitada de tensão compartilhada, esse jogo é pra você.
💬 E aí, vai encarar o comando da IA?
👉 Alugue Black Angel agora mesmo na Ludibox e salve a humanidade… ou pelo menos pontue melhor que seus amigos.